Paternidade

Thales Bretas desabafa sobre paternidade após a morte de Paulo Gustavo

Dermatologista falou dos desafios superados até hoje.

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Thales e Paulo são pais dos pequenos Gael e Romeu, ambos tem 1 ano e 9 meses.
Thales e Paulo são pais dos pequenos Gael e Romeu, ambos tem 1 ano e 9 meses. (Foto: Reprodução / redes sociais )

BRASIL – O médico Thales Bretas publicou um vídeo, nesse domingo (1º), relatando pela primeira vez sobre com tem sido a paternidade após a morte do ator Paulo Gustavo, no mês de maio deste ano. O dermatologista falou dos desafios superados até hoje.

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No vídeo, Thales Bretas comentou que sempre teve o desejo de ser pai. No entanto, foram várias barreiras a ser quebradas para que o sonho da paternidade fosse realizada. “Eu sempre sonhei ser pai, constituir família. Quando me descobri gay, esse sonho foi ameaçado pelo preconceito da sociedade. E eu cheguei a acreditar que esse sonho poderia não ser possível para mim, só que aí eu conheci Paulo Gustavo e tudo mudou porque ele também tinha o desejo de ser pai”, disse.

Thales e Paulo são pais dos pequenos Gael e Romeu, ambos tem 1 ano e 9 meses. O médico comentou que tudo foi planejado com muito amor. “Juntos, a gente viu uma força que poderia quebrar esse paradigma da família tradicional. Depois que a gente se uniu, percebeu que o que importa é o amor. E ter filhos era só multiplicar o amor que a gente já era”, afirmou.

O médico ainda disse que apesar do sonho de ser pai, o maior desafio era encarar a paternidade, em uma união homoafetiva, com uma sociedade ainda preconceituosa. “Foi a experiência mais linda e desafiadora do nosso casamento. Dois filhos para dois pais. E eu tive o privilégio de viver essa realidade por quase dois anos. Agora só tem eu, e é uma responsabilidade diferente ser pai sozinho”, explicou.

Por último, Thales Bretas afirmou não existir a diferença entre um pai gay e um pai hétero sendo que as responsabilidades em cuidar dos filhos são as mesmas. “Pra mim, não existe pai gay. Existe ser pai. E ser pai é cuidar, educar, acolher, crescer junto. Então, não tem diferença se é homo ou heterossexual. Não muda nada. O que transforma é o amor. E eu há dois anos me esforço ao máximo para ser esse pai para os meus filhos. Eu fico exausto e preenchido. É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor. Eu acordo e levanto. Não tem outro jeito, a vida se impõe. Aí eu olho para os meus filhos, para a minha família, para os meus amigos, para as minhas lembranças e continuo. Por eles, por mim e pelo Paulo, para sempre”, finalizou.

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