Beleza & Saúde

Clareamento dental: conheça os diferentes tipos e os perigos do método caseiro

Odontologistas afirmam que a busca por clareamento aumenta cerca de 30% ao ano.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
É importante o uso de um creme dental para dentes sensíveis para minimizar os impactos da sensibilidade.
É importante o uso de um creme dental para dentes sensíveis para minimizar os impactos da sensibilidade. (Foto: Reprodução)

O brasileiro é um povo muito vaidoso, principalmente quando se fala na chegada do verão. Embora o corpo e a pele sejam o principal foco de atenção, ter um sorriso branquinho e em harmonia com as características pessoais está cada vez mais presente na lista de prioridades de quem deseja repaginar o visual. Com isso, uma das intervenções estéticas mais procuradas atualmente é o clareamento dental. O dentista Carlos Loureiro Neto, presidente da Academia Brasileira de Odontologia Estética, dá dicas sobre o assunto e aponta os diferentes tipos e cuidados com esse tipo de tratamento. Confira!

Diferentes opções

Clareamento a laser - É feito no consultório com géis clareadores à base de peróxido de hidrogênio, ativados por laser ou LED. Entretanto, Carlos não recomenda o método e afirma que esse tipo de clareamento pode causar danos irreversíveis ao tecido pulpar (nervo), devido à elevada temperatura. “Não existe nenhum artigo cientifico, sem interferência dos fabricantes de aparelhos, que recomende o uso de fontes de calor para clareamento”, alerta.

Clareamento caseiro – “ É o tratamento mais eficaz e seguro e sempre deve ser realizado com a supervisão de um dentista”, explica. Nesta opção, o dentista cria uma moldeira de silicone a partir dos dentes do paciente. Em casa, é só aplicar o gel de clareamento no molde, de acordo com a quantidade e tempo determinado pelo especialista. “Meu alerta é que jamais se deve comprar um clareador vendido indiscriminadamente sem orientação de um profissional especializado. Isso pode causar vários danos, como sensibilidade dolorosa, inflamação nas gengivas, queimaduras e prejuízo do esmalte dos dentes”.

Combinação de técnicas – Segundo o dentista, esta opção nem sempre é a mais eficaz, mas pode acelerar o processo em casos de dente muito escuros. “De início, indicamos a moldeira em casa e podem ser feitas algumas sessões de clareamento no consultório, sob supervisão do profissional, com géis mais concentrados, protegendo os tecidos moles – gengiva, língua, bochechas e lábios – porém sem uso de qualquer fonte de luz e calor”, afirma.

De olho na alimentação

Carlos Loureiro Neto explica que a dieta branca não é unanimidade, porém devem-se evitar alimentos e bebidas com pigmentos por pelo menos 3 a 4 horas após a aplicação do gel. “ Por isso recomendamos o período de aplicação entre o jantar e a hora de dormir”.

Alguns alimentos devem sair do cardápio de quem faz um clareamento dental para não comprometer o resultado do tratamento, já que a ação dos clareadores deixa os dentes mais suscetíveis a manchas. “Evite sucos de uva, vinhos, café, açaí, beterraba e refrigerantes à base de cola. Se sentir necessidade de tomar café, recomendamos usar um canudinho, para minimizar os efeitos da pigmentação”, explica.

O dentista também afirma que o pH baixo, ácido, diminui a eficiência dos clareadores. “ Quem faz uso frequentes de alimentos e bebidas ácidos levará mais tempo e, às vezes, aquém de alcançar os resultados desejados. “Os fumantes também devem parar de fumar se quiserem ter resultados satisfatórios”, orienta.

Cuidados extras

É importante o uso de um creme dental para dentes sensíveis para minimizar os impactos da sensibilidade, caso haja. “Mas atenção! Prefira sempre pasta de dente de cor branca”.

Duração

De acordo com Carlos, a durabilidade do tratamento é variável e vai depender de alguns fatores. “Na maioria das vezes a cor branquinha permanece por dois a três anos, quando o paciente toma os cuidados necessários, evitando o fumo e alimentos que mancham os dentes. Se a pessoa abusar, a cor amarelada dos dentes voltará mais rapidamente”.

Quem não pode fazer?

De acordo com o dentista, pessoas com doenças gengivais, com hipersensibilidade dentinária, dentes cariados, com menos de 17 a 18 anos, dependendo do tamanho das polpas (nervo), com histórico de reações adversas em tratamentos anteriores, gestantes, lactantes e que tenham boca seca, por uso de medicamentos e quimioterapia não devem fazer clareamento. “Também não indicamos o tratamento para quemtem restaurações , coroas e facetas que estejam em harmonia com dentes naturais. Apenas os dentes naturais clareiam, os materiais restauradores não. Por isso é tão importante fazer um exame completo da boca para avaliar se existe saúde bucal para fazer o procedimento”.

Carlos Loureiro explica ainda que as técnicas para o clareamento dental não promovem nenhum tipo de enfraquecimento dos dentes. “Os resultados são excelentes quando bem indicado e realizado adequadamente. O único desconforto que pode provocar é a sensibilidade nos dentes”, explica

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