Carnaval 2016

Escola não foi favorecida por confusão, diz carnavalesco de campeã paulista

Durante o tumulto, um diretor da Unidos de Vila Maria foi detido pela polícia.

Fernanda Cruz / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h35
(Foto: Paulo Pinto/ LIGASP/ Fotos Publicas)

SÃO PAULO - Campeã do carnaval 2016 em São Paulo, a Império de Casa Verde ganhou pela força da comunidade, avalia o carnavalesco da escola Jorge Freitas. Em seu primeiro ano à frente da agremiação, ele disse que a energia nas pessoas da escola ajudou a levar ao título e negou que a escolha tenha sido favorecida pela confusão durante a apuração das notas.

“Existe uma comunidade muito forte, que precisava de uma pessoa que os incentivasse, que mostrasse que eles seriam capazes. Eles são campeões. Deus me deu esse dom, e eu fiz com que eles se tornassem campões do carnaval 2016. É uma consagração não só do meu trabalho, mas da comunidade. Isso mostra que todas as escolas tem condição de apresentar grandes carnavais”, declarou.

A apuração do carnaval foi marcada por momentos de tumulto, sendo que a leitura das notas precisou ser interrompida diversas vezes. A confusão começou quando foram divulgadas as notas do quesito evolução. A Império de Casa Verde ficou sem nota de um jurado. Segundo o regulamento, a maior nota recebida no quesito foi atribuída à escola.

Integrantes das escolas rivais ficaram revoltados por acreditar que houve favorecimento. “O que a gente quer é justiça no carnaval, foi uma injustiça. Eu falo pelo carnaval, não aguentamos mais, somos todos decentes, trabalhamos o ano inteiro. Eu quero o bem do carnaval”, reclamou Marco Bianchini, diretor da Unidos de Vila Maria.

O carnavalesco da Império de Casa Verde discorda. “O jurado não favoreceu. Existe um regulamento que precisa ser cumprido. Independentemente de ter dado a nota ou não, a nota maior é atribuída, isso foi feito”, defendeu-se.

Prisão

Durante o tumulto, um diretor da Unidos de Vila Maria foi detido pela polícia por desobediência. O delegado Osvaldo Nico declarou que chegou a haver agressão a um policial. “O jurado deu nota baixa. Que culpa a polícia tem? Não foi a polícia que escolheu o jurado. Estão perturbando. Ele agrediu o policial, a polícia não vem aqui apanhar”. Após a prisão, a apuração prosseguiu, apesar do clima tenso.

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