Pagamento de propina

Polícia do Equador faz busca e apreensão em escritório da Odebrecht

Empreiteira teria pagado bilhões de reais, em propina, a funcionários de governos em 12 países.

André Richter/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
De acordo com informações repassadas pelo procurador-geral Galo Chiriboga Zambrano, foram apreendidos documentos e arquivos de computadores que poderiam estar relacionados com os supostos pagamentos indevidos.
De acordo com informações repassadas pelo procurador-geral Galo Chiriboga Zambrano, foram apreendidos documentos e arquivos de computadores que poderiam estar relacionados com os supostos pagamentos indevidos. (Foto: Reprodução/Internet)

BRASÍLIA - A Procuradoria do Equador e a Polícia Nacional do país fizeram uma operação de busca e apreensão, nesta sexta-feira (23), no escritório da Odebrecht em Guayaquil. A medida foi realizada após a confirmação de autoridades norte-americanas de que a empreiteira brasileira pagou mais de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 3,3 bilhões, em propina a funcionários de governos em 12 países, entre eles o Equador.

De acordo com informações repassadas pelo procurador-geral Galo Chiriboga Zambrano, foram apreendidos documentos e arquivos de computadores que poderiam estar relacionados com os supostos pagamentos indevidos. Zambrano também disse que o país fará pedidos de cooperação internacional com o Brasil, Estados Unidos e Suíça em busca de provas para auxiliar as investigações das autoridades equatorianas.

De acordo com o procurador, o órgão atuará com celeridade, assim como fez em outros casos de investigação sobre corrupção no país. Segundo ele, a procuradoria buscará identificar nomes, quantias e o destino dos recursos relacionados ao suposto pagamento de propina.

Ontem (22), o governo do Equador anunciou que pediu ao Ministério Público que investigue supostos pagamentos de propina pela Odebrecht no país. Uma das principais obras feitas pela empreiteira foi a construção do metrô da capital, Quito.

Em 2008, o atual presidente, Rafael Correa, expulsou a Odebrecht do país sob a alegação de que houve irregularidades na construção da usina hidrelétrica de San Francisco, financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Agência Brasil entrou em contato com a Odebrecht, mas ainda não obteve resposta.

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