ARGENTINA - A Justiça argentina absolveu o ex-presidente da Argentina Fernando de la Rúa e sua mulher, Inés Pertiné, de suposta fraude na venda de um automóvel roubado, informou hoje o jornal "La Nación".
O juiz argentino Juan María Ramos Padilla considerou em sua resolução que o fato não pôde ser provado e esclareceu que a abertura da causa "em nada afeta o bom nome e honra" do ex-presidente, que governou o país entre 1999 e 2001.
De la Rúa e Pertiné tinham sido denunciados por terem vendido um automóvel cuja apreensão tinha sido solicitada em 2003, segundo consta nos autos do processo.
A denúncia foi apresentada em fevereiro passado por Matías Di Martino, que assegurou que depois de comprar um carro de De la Rúa foi detido pela Polícia porque o veículo era roubado.
No entanto, a investigação realizada pela Justiça argentina indicou que o carro vendido pelo ex-presidente nunca foi roubado e que, na realidade, o comprador foi detido por engano, já que o automóvel com pedido de apreensão era do mesmo modelo e placa similar.
"Não há fato ilícito algum (...), mas só um erro administrativo no registro da medida restritiva", indicou o magistrado em sua resolução.
De la Rúa renunciou à Presidência da Argentina em dezembro de 2001 em meio à pressão social que terminou com a morte de 32 pessoas, 100 detidos e mais de 300 feridos.
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