OMS divulga relatório sobre infância

Agência EFE

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

Milhões de crianças são vítimas todo ano de maus-tratos como multilações, abandonos e outras formas de violência física e sexual e calcula-se que 57 mil menores foram assassinados no ano 2000, de acordo com o "Relatório Mundial sobre a Violência e Saúde", divulgado ontem.

Os traumatismos cranianos são a causa mais freqüente de morte, seguidos de lesões abdominais e afogamentos.

As crianças são freqüentemente vítimas de pancadas e castigos corporais, enquanto que as meninas estão mais expostas a infanticídios, agressões sexuais e prostituições forçadas, assim como a nutrição e educação insuficientes.

Mais de 130 milhões de crianças de entre 6 e 11 anos não vão à escola e 60 por cento deles são meninas.

A dimensão do problema é "enorme", afirmam os especialistas da OMS, que acrescentam que entre os milhões de crianças que são vítimas de maus-tratos, um quarto sofre agressões que podem ser qualificadas de graves e que se repetem de forma freqüente.

Os especialistas citam como fatores de risco de maus-tratos que a criança seja criada por um pai ou mãe solteira ou por um casal jovem e sem apoio, com insuficiência de recursos, muitas pessoas vivendo na mesma casa ou com histórico de relações violentas na família.

Daí a importância da educação dos pais e os programas de visitas aos domicílios nos casos em que haja suspeitas de que ocorram maus-tratos.

Para detectar os casos de abusos de menores é fundamental o papel dos profissionais de saúde e ensino, acrescenta a OMS.

Além disso, a organização recomenda que sejam reforçados os serviços de ajuda às crianças que foram vítimas de abusos e os instrumentos jurídicos de proteção à infância.

Em nível social, é preciso lutar contra a pobreza, melhorar as possibilidades de educação e de emprego e reforçar os cuidados às crianças para compensar assim as desigualdades sociais e econômicas e oferecer-lhes um futuro melhor.

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