Eleições 2010

'A esquerda no Maranhão está órfã', afirmou Arcangeli

O candidato pelo PSol, também, defendeu uma candidatura única de esquerda no futuro.

Pedro Sobrinho - Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h49

SÃO LUÍS - O candidato do PSol ao governo do Maranhão, Saulo Arcangeli, disse, nesta manhã (24), durante sabatina no programa "Ponto Final", na rádio Mirante AM, que a sua candidatura representa uma alternativa de esquerda para mudar o modelo de governar o Maranhão, combatendo as desigualdades sociais ainda existentes no Estado.

- Temos os piores indicadores sociais do Brasil nas áreas de educação, saúde e saneamento básico. E somos os primeiros em concentração de terras nas mãos do latifúndio, na exportação do trabalho escravo e com um segmento representativo da população vivendo abaixo da linha da pobreza. Precisamos reverter esse quadro com um governo socialista - defendeu.

Maurício Araya/Imirante

Aliança

Candidato pela primeira vez ao governo do Estado pelo PSol, Saulo Arcangeli, que tem como vice Cleumir Leal (PSol), afirmou que as esquerdas no Maranhão estão órfãs. Destacou o PSol como um partido dissidente do Partido dos Trabalhadores e que nasceu com uma a proposta socialista, tendo os movimentos sociais como aliados de luta.

Questionado sobre uma candidatura única de esquerda ao governo do Estado, numa aliança entre o PSol, PCB e PSTU, Saulo Arcangeli reconheceu que existem divergências ideológicas entre os partidos e que se estende no âmbito nacional. Ele espera que haja uma conversa dos três partidos já pensando, futuramente, em candidatura única para Prefeitura de São Luís e o governo do Maranhão, além de uma representatividade na Câmara Municipal de São Luís, Assembleia Legislativa e Congresso Nacional.

Maurício Araya/Imirante

Conservadorismo

Saulo Arcangeli definiu as candidaturas de Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB) como "oligárquicas".

- Não vamos mudar esta estrutura oligárquica apenas trocando de nomes. Até porque, estes que estão aí se dizendo novo, têm práticas semelhantes e já fizeram parte da oligarquia – acrescentou.

O candidato do PSol fez críticas a Flávio Dino argumentando que o candidato se apresenta como a novidade, mas, segundo Arcangeli, está ligado aos grupos conservadores políticos existentes no Maranhão.

- O PCdoB e o PSB hoje são siglas de aluguel. O PCdoB esteve no governo Roseana, foi para o Iterma e, defensor da reforma agrária, nunca fez a reforma agrária e ainda saiu do Iterma sob denúncias. Flávio Dino tem como aliado José Reinaldo Tavares, que passou anos e anos na oligarquia e agora virou um bom mocinho. Flávio Dino apoiou à Frente de Libertação do governo Jackson Lago, onde apoiou a Lei do Subsídio contra os professores da rede pública estadual do Maranhão. Foi eleito deputado federal com o apoio de convênios e tem também como aliado o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho – disse.

Maurício Araya/Imirante

O candidato Saulo Arcangeli foi sabatinado pelo radialista Roberto Fernandes. Participaram, também, os jornalistas Jorge Aragão, André Martins, Mário Carvalho, Marco Aurélio D'Eça e Décio Sá. Nesta quarta-feira (25), o entrevistado será o candidato ao governo do Estado, Marcos Silva (PSTU).

Histórico

Saulo Arcangeli tem 38 anos, é natural do município de Pinheiro. É funcionário do Ministério Público da União, militante do movimento sindical e professor da Uema. Iniciou sua militância no movimento estudantil, sendo um dos coordenadores do DCE/UFMA.

Foi fundador do PSOL/MA, primeiro presidente Estadual do partido de 2005 a 2007 e, atualmente, presidente do Diretório Municipal de São Luís. Hoje, licenciado dos cargos da Secretaria Executiva Nacional da Central Sindical e Popular-Conlutas e da Coordenação Geral da Federação Nacional dos Trabalhadores no Judiciário Federal e MPU – Fenajufe e do Sintrajufe/MA.

Fotos e imagens: Maurício Araya/Imirante.

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