Rapina VI

Veja como funcionava a fraude em Satubinha

Imagens da PF mostram cheques gastos sem comprovantes de despesas.

Roberta Gomes/ Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h57

SÃO LUÍS - Imagens da Polícia Federal, cedidas ao Imirante, mostram documentos, cheques e recibos que estavam sendo utilizados na montagem fraudulenta da prestação de contas da Prefeitura de Satubinha, em relação ao ano de 2009. O município deveria entregar as contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) na próxima segunda-feira (5).

Agentes da PF explicam que os processos de pagamentos e licitações em Satubinha era feito pelo caminho inverso. Primeiro o dinheiro foi sacado, o cheque foi utilizado e só agora os gestores da prefeitura estavam tentando justificar os gastos. Para isso, foram comprados recibos falsos, muitos encontrados pela polícia ainda sem assinatura. Em vários processos, nem o recibo havia sido providenciado: dentro das pastas, apenas cópia dos cheques usados. Nas imagens, a PF mostra ainda folhas com treinamento de falsificação de assinatura.

Fraude na prefeitura

A fraude na Prefeitura de Satubinha estava sendo investigada pela Controladoria Geral da União e pela Polícia Federal, e culminou com a Operação Rapina VI, realizada na última quarta-feira (31). Foram presos em flagrante o prefeito de Satubinha, Antônio Rodrigues de Melo, o "Mão de Ouro", e o secretário de Planejamento do município, Francisco José Teixeira da Silva. Os dois foram transferidos ontem para o Presídio São Luís, em Pedrinhas, e são acusados de praticarem os crimes de formação de quadrilha, fraude de documentos públicos e privados e fraude em licitação.

De acordo com um levantamento das movimentações das contas da Prefeitura de Satubinha, a CGU estima que os devios de recursos federais no município somem cerca de R$ 5 milhões.

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