Maranhão

Queimadas atingem o cerrado maranhense

TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

CAROLINA - Queimadas atingem o cerrado do Maranhão. Os ventos fortes e o tempo seco fazem o fogo se espalhar rapidamente.

As labaredas avançam pela vegetação, consomem as florestas nativas do cerrado e as encostas de morros e chapadas.

O clima seco e a baixa umidade facilitam a propagação do fogo. As queimadas sem controle ameaçam pastagens e sufocam quem tenta controlar as chamas de modo improvisado.

A fumaça encobre as torres de transmissão de energia e assusta quem mora em casebres cobertos de palha.

"É perigoso. De uma hora a instante pode pegar fogo e não fica nada, porque, em um tempo desses, ninguém apaga", afirma o lavrador Ademar Ferreira da Silva.

Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, instituto que monitora queimadas no país, detectaram, nos últimos 60 dias, 1.411 focos de calor só em áreas de conservação ambiental no Maranhão. São com base nas informações do satélite que as brigadas contra incêndio tentam combater o fogo nestas regiões. Muitas vezes, chegam com atraso.

Três grandes incêndios destruíram, este ano, 10% do cerrado no Parque Nacional Chapada das Meses, no sul do Estado. Ao todo, 16 mil hectares viraram cinza e carvão.

Um hábito bem antigo ameaça as reservas naturais de cerrado no Maranhão. Muitos agricultores ainda usam o machado e fogo para derrubar as florestas.

"A gente trata como crime toda queimada que não tem licenciamento, mas, como a questão é cultural, a gente procura sempre fazer a perícia após o incêndio para poder averiguar se foi crime ambiental ou não", destaca o chefe do Parque Nacional Chapada das Mesas, Paulo Adriano.

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