Operação

PF prende ex-governador José Reinaldo

Imirante.com e G1

Atualizada em 27/03/2022 às 14h02

SÃO LUÍS - O ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares foi preso na manhã de hoje (17) pela Polícia Federal durante a Operação

"Navalha". José Reinaldo já estaria na sede da PF em São Luís, contudo o prédio permanece fechado, com muitas pessoas em frente em busca de informações.

O ex-governador foi preso sob suspeita de participação em licitações irregulares no caso das "Estradas fantasmas" durante seu mandato.

Além da prisão de José Reinaldo, os policiais vasculharam o escritório do secretário de infra-estrutura, Ney Bello, que também já foi preso e levado para a sede da PF, em São Luís. Em Brasília, foi detido o advogado Alexandre Lago, que já estaria na sede da PF na capital federal. Foram presos ainda: Vicente Vasconcelos Coni, Francisco de Paula Lima Júnior, Roberto Figueiredo Guimarães, Sebastião José Pinheiro Franco, José de Ribamar Ribeiro Hortegal. Todos acusados por fraudes no Maranhão.

A PF deve divulgar um balanço da Operação

"Navalha" por volta das 11 horas desta quinta-feira.

Operação Navalha

A Operação Navalha tem o objetivo de desmontar um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais destinados a obras públicas, incluindo as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Todos os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

As investigações da PF, que começaram em novembro de 2006, apontam o desvio de recursos dos ministérios de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento. O esquema fraudava ainda licitações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Por envolver autoridades e servidores públicos, o inquérito está no Superior Tribunal de Justiça.

De acordo com a Polícia Federal, uma empresa que tem sede em Salvador comandava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha. As licitações eram manipuladas para assegurar a liberação do dinheiro para obras superfaturadas, irregulares ou até que não existiam.

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha era estruturada em três diferentes níveis. No mais alto nível, estão os funcionários da empresa baiana, abaixo, os chamados "auxiliares e intermediários", apontados como os responsáveis pelo pagamento de propina, e no terceiro nível, autoridades públicas que facilitariam a atuação da quadrilha.

As investigações da PF constataram o recebimento de "vultosas quantias" em dinheiro vivo e outras vantagens, como carros de luxo, por autoridades públicas.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.