IMPERATRIZ - Policiais Federais do Estado do Maranhão aderiram à paralisação nacional iniciada nesta terça-feira (11) por agentes, escrivães e papiloscopistas. Agentes da PF em Imperatriz se reuniram na delegacia da Polícia Federal, localizada no Conjunto Planalto.
Segundo informações, as reivindicações da categoria são por reestruturação das carreiras dos policiais, do plano de cargos, da reestruturação salarial e, também, a reforma da segurança pública nacional.
Paralisação nacional
Mais de 6,5 mil agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal aderiram ao dia de paralisação proposto pela Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) e pelos sindicados da categoria nos 26 Estados e no Distrito Federal em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
De acordo com o presidente da Fenapef, Jones Leal, a paralisação, no entanto, não atinge serviços como emissão de passaporte, plantão nas delegacias e fiscalização nos aeroportos. “Acreditamos que entre 60% e 70% do efetivo esteja paralisado no dia de hoje. Esse movimento não visa atrapalhar o dia a dia da sociedade. Estão paradas todas as investigações, as delegacias de entorpecentes, fazendária, marítima”, explicou Leal. Uma nova paralisação está programada para os dias 25 e 26 de fevereiro.
Agentes, escrivães e papiloscopistas reclamam que estão recebendo tratamento diferenciado em relação a outras categorias do funcionalismo público federal. Segundo eles, enquanto outros servidores receberam de 20% a 30% de reajuste no ano passado, eles tiveram 15,8% dividido em três anos.
“O salário é apenas um dos itens que compõe as nossas reivindicações. Na verdade, o que mais atrapalha a situação do policial federal hoje é o assédio moral, falta de efetivo, colegas doentes, falta de gestão no órgão. A nossa pauta com o governo é gigantesca”, frisou o presidente da Fenapef.
Jones Leal disse que há um “mito” de que os policias federais recebem altos salários. Segundo ele, atualmente, um agente da PF recebe, em média, R$ 5,5 mil líquidos. “É um salário razoável, mas o policial tem o risco de morte, dedicação exclusiva, vai para uma fronteira, onde terá que alugar um imóvel e, também, se distanciar da família. Ou seja, com isso, logo após assumir as lotações, os novos agentes estão abandonando a carreira”, alertou.
Procurada, a direção da Polícia Federal informou que não vai se manifestar sobre a paralisação. Já o Ministério da Justiça, que na semana passada informou que não tinha gerência sobre questões salariais, enviou nota à Agência Brasil informando que as reivindicações salariais da Polícia Federal são de responsabilidade conjunta das pastas da Justiça e do Planejamento.
*Com informações da matéria de Ivan Richard, da Agência Brasil
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