Reinvidicação indígena

Professores continuam reféns em aldeia no Grajaú

A Seduc informou que técnicos estão no local fazendo negociações.

Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h42
(Arte: Maurício Araya)

GRAJAÚ - Duas funcionárias da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) continuam mantidas reféns desde tarde dessa quarta-feira (26), na aldeia indígena Apertado, localizada no município de Grajaú.

A Seduc informou, por meio de nota, que as negociações estão sendo feitas com os indígenas e que técnicos da secretaria estão no local para averiguar as reinvindicações dos índios da etnia Guajajara. Os indígenas pedem melhorias na educação, no transporte escolar em outras pautas.

Veja a nota na íntegra:

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que, os dois técnicos da Secretaria que foram retidos pelos índios na Aldeia Apertado, no município de Grajaú, Regional Barra do Corda, fazem parte de uma equipe que realiza um levantamento nas aldeias onde há solicitações dos próprios indígenas, para criação de escolas e novas turmas, e também averiguar a situação de 21 escolas paralisadas na gestão anterior, conforme o censo escolar 2014.

Sobre as negociações, a Seduc assinala que foi criada uma equipe formada pelo Superintendente de Modalidades e Diversidades Educacionais, Claudinei de Jesus Rodrigues e representantes do gabinete do governador e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que se deslocaram a Grajaú para negociar com as lideranças indígenas a liberação das duas técnicas, que se encontram retidas na Aldeia Apertado.

A Seduc informa ainda que desde o início desta gestão, o Governo do Maranhão, estabeleceu um canal de diálogo permanente com os povos indígenas do Maranhão, constituindo, no âmbito do Estado, uma ampla comissão envolvendo os setores de Educação, Saúde, Direitos Humanos, Infraestrutura, Igualdade Racial, Agricultura e demais órgãos da administração estadual para atendimento às comunidades indígenas. Por várias vezes, o Governo já recebeu comissões de lideranças indígenas, ouviu as reinvindicações, encaminhou soluções adotando todas as medidas para resolver os problemas da Educação Escolar Indígena, e continua aberto ao diálogo.

Entre os avanços já concretizados a partir do diálogo com os povos indígenas estão, a reestruturação da rede física, com entrega de três escolas que foram reformadas e ampliadas, nas comunidades indígenas das aldeias Rio Corda (Escola Indígena Manoel Assis Cruz – Tuxauhu) e Patizal (E.I Juliana Rodrigues Guajajara), ambas na Regional de Barra do Corda; e a escola El Pyr Creh Creht, na Aldeia Riachinho, em Amarante, onde também foi inaugurada, na aldeia Água Viva, a escola Crow Cu. Além disso, dentro do Programa Escola Digna, macropolítica de educação da gestão Flávio Dino, serão construídas 53 novas escolas em áreas indígenas, cujas obras serão iniciadas ainda este ano.

O Governo também já publicou no Diário Oficial do dia 15 de maio, o decreto que regulamenta e implanta 289 Escolas Indígenas, que não eram legalmente criadas e reconhecidas.

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