Sul-Americana

Bota vence o Atlético-PR e vai às oitavas

No sufoco, Alvinegro faz 3 a 2 no Engenhão volta a comemorar após dez partidas e enfrenta o Emelec na próxima fase.

GloboEsporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 13h09

RIO DE JANEIRO - O placar de 3 a 2 fez o Botafogo tirar alguns pesos das costas. A vitória sobre o Atlético-PR, nesta quarta-feira, no Engenhão, além de levar a equipe às oitavas de final da Copa Sul-Americana, representou o fim de um jejum de dez confrontos sem um triunfo, sendo que cinco em casa. Além disso, foi o primeiro resultado positivo do time sob o comando de Estevam Soares, após nove jogos. E como não poderia deixar de ser, tudo na base do sofrimento.

Na próxima fase da Copa Sul-Americana, o Botafogo vai enfrentar o Emelec, do Equador: dia 23, no Engenhão, e dia 30, fora de casa. A classificação também representará a premiação de pouco menos de R$ 200 mil por parte da organização do torneio.

O jogo

Desde o momento em que a bola rolou, o clima era de velório na arquibancada, com a torcida em silêncio, num claro sinal de tensão. Mas em campo, o Botafogo pouco fazia para motivar o público. Com as pernas presas, os jogadores se mostravam estáticos, sem movimentação e com erros primários nos passes até de dois metros. Desorganizada, a equipe não mostrava qualquer sinal de esquema tático.

Por isso, mesmo sem quatro titulares – todos poupados – o Atlético-PR começou melhor, principalmente porque conseguiu se aproveitar do desespero adversário. A equipe exercia forte marcação na saída de bola do Botafogo e forçava o erro, que já era difícil de acontecer por si só. Em eventuais chutões e cruzamentos, o Alvinegro chegava mais perto do gol, e houve a reclamação de um pênalti em André Lima, que teria sido empurrado por Manoel dentro da área.

Sem muito esforço, o Atlético abriu o placar aos 32 minutos, depois que Wesley recebeu lançamento pelo lado esquerdo, driblou Alessandro facilmente e chutou forte, fazendo 1 a 0. Neste momento, a tensão da arquibancada transformou-se em ira, com xingamentos a Alessandro, Castillo e à diretoria do Botafogo. Este fato só piorou o desempenho da equipe em campo, acentuando os erros primários. Em determinado momento, os jogadores pareceram exagerar nas quedas próximas à área, apostando nas cobranças de Lucio Flavio e Juninho.

E assim, foi numa jogada isolada que o Botafogo conseguiu empatar a partida aos 45 minutos do primeiro tempo. Após cruzamento na área, Reinaldo subiu para cabecear e foi derrubado por Bruno Costa. Desta vez o árbitro assinalou o pênalti, e Lucio Flavio cobrou. Para aumentar a dose de sofrimento, a bola ainda tocou na trave esquerda de Galatto antes de balançar a rede.

Na volta do intervalo, Estevam Soares substituiu o perseguido Alessandro por Thiaguinho, que mostrou mais velocidade. Logo aos dois minutos, o Botafogo voltou a reclamar de um pênalti, desta vez em cima de Jônatas, que demorou a chutar para o gol. Mas foi novamente o Atlético-PR que começou melhor, se aproveitando dos muitos espaços e da falta de organização da defesa alvinegra.

Alternâncias no placar

Mas se não havia jeito de ser superior na técnica, o jeito era não desistir de brigar. Dessa forma, aos trancos e barrancos, o Botafogo alcançou a virada, aos 15 minutos. Depois de uma dividida de Lucio Flavio dentro da área, a bola sobrou para Gabriel, que tocou para o fundo da rede, fazendo 2 a 1. Victor Simões, que se preparava para entrar, teve de voltar ao banco de reservas por ordem de Estevam Soares.

O Atlético, entretanto, continuou a insistir no ataque. Sempre aproveitando os muitos espaços deixados pela defesa, teve grande chance aos 17 minutos, quando Wallyson recebeu, e mal marcado por Wellington, chutou para fora, mesmo frente a frente com Castillo. O Botafogo respondeu logo depois, mas Reinaldo demorou a chutar e foi travado por Manoel.

Apesar da vontade, as falhas técnicas do Botafogo acabaram sendo determinantes para que o sofrimento continuasse. O Atlético tocou com facilidade até Nei receber com liberdade dentro da área e chutar. A bola passou por entre as pernas de Castillo, e o Furacão chegou ao empate, aos 36 minutos.

Mas o Botafogo não desistiu e chegou à vitória dois minutos depois. Lucio Flavio cobrou falta dentro da área, e, depois de um desvio, Wellington completou para o gol. O Alvinegro segurou o resultado e respirou aliviado, com Victor Simões perdendo um gol feito ao acertar a trave nos descontos.

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