MADRI - A transferência para o Real Madrid não fez Ronaldinho esquecer a mágoa em relação do treinador do Internazionale, Héctor Cúper. Em entrevista aos jornais italianos ''Gazzetta dello Sport'' e ''Quotidiano Nazionale'', o atacante admitiu pela primeira vez que deixou o clube por causa do técnico e não poupou o desafeto, acusando-o de agir de ''má fé'' e colocar em risco a sua carreira.

- Ele não me colocou para jogar quando eu estava bem e me fazia treinar ou me mantinha em campo quando eu não estava. Em certos momentos, nem seguia os conselhos dos médicos. Sei que, com Cúper, minha carreira estava em perigo. Tive lesões musculares quatro ou cinco vezes no Inter, problemas sérios, enquanto na Copa demonstrei que trabalhando bem, posso não ter problemas - afirmou.

Ronaldinho argumentou que na temporada passada, ocorreram no Inter de Milão 23 lesões idênticas em 18 jogadores distintos, ''algo para entrar na história do futebol mundial''.

O jogador questionou a competência do treinador argentino e chegou a classificá-lo como ''anormal'', por promover poucos treinos com bola.

- (É) um treinador que não ganhou qualquer coisa em parte alguma e que quando chega a uma final não consegue vencer - disse o artilheiro da Copa do Mundo, acusando o argentino de ser o responsável pela perda do título italiano da temporada passada por ''decisões equivocadas''.

Para o presidente do Inter de Milão, Massimo Moratti, Ronaldinho foi benevolente, afirmando estar apenas ''decepcionado'' com o dirigente.

- É uma pessoa fabulosa, maravilhosa. A nossa relação tem algo de sentimental e para mim continuará sendo assim - disse Ronaldinho, que não atua desde a final da Copa, em 30 de junho.

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