Nova gestão

Infantino cogita Copa do Mundo com fase eliminatória e mais de uma sede

O mandatário disse estar revendo o chamado “padrão Fifa.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
(Divulgação / Fifa)

ZURIQUE - Gianni Infantino parece que irá mesmo revolucionar as estruturas do futebol. Em reunião nesta quinta-feira, em Zurique, na Suíça, o presidente da Fifa abordou diversos temas como alterações no formato da Copa do Mundo, com direito a fase eliminatória e mais de uma sede, distribuição de verba para as federações, além de investimento inédito no futebol feminino.

“Serão 64 (participantes na Copa do Mundo)! Estou brincando, brincando (risos)! Há muito trabalho a ser feito, estamos analisando diversas possibilidades. Uma decisão deve ser tomada na próxima reunião do Conselho, em janeiro. Demos alguns exemplos, mas se serão 40 ou 48, veremos em janeiro. Com 48 seleções, uma eliminatória inicial permitiria que só os melhores fiquem, o que elevaria o nível da competição. Só os melhores 32 ficariam. E sempre há a opção de não mudar nada”, disse Infantino, despistando sobre as mudanças.

Preocupado com os gastos para realização da Copa do Mundo, o mandatário disse estar revendo o chamado “padrão Fifa”, que exige que uma série de premissas para a realização do torneio, como estádios construídos de determinada forma e infraestrutura. Assim, uma das opções seria dividir a responsabilidade de organizar o megaevento por mais de uma nação.

“Isso ainda está em discussão, primeiro temos de concordar sobre os princípios. Hoje, organizar um grande evento como a Copa, requer muito em termos de infra, aeroportos, é um grande investimento. Queremos que no futuro a Copa seja um evento sustentável, por isso estamos a favor de dividir em mais de uma sede, o que permitirá dividir por mais de um país os requisitos e investimentos necessários para atender às demandas de um evento desse tamanho. Não queremos excluir candidatos, muito pelo contrário. Queremos ter certeza de que voltamos à realidade e tem sido cada vez mais difícil para um país por sua conta sediar uma Copa do Mundo. Não queremos criar elefantes brancos, queremos garantir que o que for construído, se for necessário ser construído, seja útil para o país”, completou.

Se pretende realizar mudanças na Copa do Mundo a partir de 2026, a situação do Mundial Interclubes da Fifa não é diferente. Apesar de garantir o mesmo modelo para o ano que vem, Infantino não descartou mudanças para as edições seguintes.

“Para 2017 será o mesmo formato desse ano. Mas obviamente estamos estudando tudo para decidir o que faremos nas próximas edições. Com uma mente aberta, talvez não mudemos nada, ou talvez mude tudo”.

Por fim, Infantino falou sobre os investimentos no futebol. Pela primeira vez, haverá uma divisão especial para o futebol feminino e as federações, que receberão quatro vezes mais em relação ao anterior.

“Sobre o futebol, decidimos investir US$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos, serão cerca US$ 5 milhões por associação. Também tomamos ações concretas em relação ao futebol feminino. Pela primeira vez, há uma divisão dedicada a isso. As federações estão muito felizes, porque no fim, receberão quatro vezes mais para investir em projetos do futebol do que no passado. A experiência da Fifa no passado diz que o mecanismo de controle deve ser melhorado. Para as federações que nunca tiveram problema, é algo bem simples”, disse o dirigente, antes de deixar em aberto se federações investigadas por corrupção, como a CBF, receberão o investimento da Fifa.

“Bem, isso é uma das coisas que não está sendo decidida mais pelo presidente da Fifa, tampouco pelo Conselho, é uma decisão a ser tomada pelo Comitê de Desenvolvimento. As associações que querem receber fundos sabem os critérios que eles terão de atender. Veremos. Ainda não sei se o Brasil fez algum pedido de verba ou não”, concluiu.

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