A brasileira Terezinha Guilhermina se despediu em grande estilo do Mundial de Atletismo Paralímpico disputado em Lyon neste sábado. Com a marca de 24s74 na prova de 200m (T11), a competidora garantiu sua terceira medalha de ouro no torneio.
“A prova foi boa, consegui liderá-la desde o início. O vento mais uma vez foi muito forte e eu acabei não conseguindo bater o recorde mundial”, afirmou Terezinha. Jerusa Santos (26s45), também brasileira, e a angolana Esperança Gicaso (27s54) completaram o pódio.
Antes da prova, Terezinha e seu guia saudaram o público e os voluntários com um cartaz. “Foi um agradecimento do fundo do coração aos voluntários, que se esforçaram em falar em português, nos ajudaram desde o primeiro dia e mostraram um carinho muito grande com a gente”, afirmou o guia Guilherme Santos.
Já Jerusa Santos, medalha de prata na prova disputada neste sábado, não escondeu a sua felicidade com o resultado. “O importante foi pegar mais um pódio. Esse era o meu objetivo e saio daqui com a sensação de dever cumprido”, afirmou a competidora brasileira.
Terezinha, que já havia conquistado os títulos mundiais nos 100m e nos 400m, volta a competir neste domingo, desta vez em Londres, no evento de comemoração de aniversário dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A brasileira espera quebrar a própria marca nos 200m, de 24s67, feita na Cidade do México, em 2012.
Nos 400m (T11), Daniel Silva venceu com 50s38, superando o norte-americano David Brown e o francês Timothee Adolphe. “Essa é a prova que eu treino e ficaria muito decepcionado se não ganhasse uma medalha. Não deixei de comemorar o bronze que ganhei nos 200m, mas essa tem um sabor especial”, disse.
Em uma das provas mais emocionantes do Mundial, o Brasil ficou em segundo lugar no revezamento 4x100m (T42-46). Bruno Araujo, Yohansson do Nascimento, Emicarlo Souza e Alan Fonteles fizeram 41s72, batendo o antigo recorde mundial (41s78), feito pela África do Sul feito em 2012, mas os Estados Unidos foram ainda mais rápidos.
Com o desempenho do dia, o Brasil chega a 39 medalhas (16 de ouro) e ocupa a terceira colocação no quadro geral, atrás apenas de Rússia, 26 ouros, e Estados Unidos, 17. O País já superou a quantidade de medalhas do último Mundial, uma vez que em Christchurch-2011 foram 12 pódios.
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