Assassinatos

Mais uma pessoa é vítima da pistolagem em Dom Pedro

Galego foi executado em Tuntum. Ele é suspeito de matar um ex-deputado em Dom Pedro.

O Estado do MA

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

SÃO LUÍS - Foi executado com cerca de 40 tiros no início da manhã de ontem, na cidade de Tuntum, distante 365 km da capital maranhense, o principal suspeito de ter assassinado em julho, na cidade de Dom Pedro, o ex-deputado estadual Edílson Peixoto da Silva, o Peixotinho, de 57 anos. José Domingos Belo de Sousa, conhecido como Galego, segundo a Polícia Civil, foi surpreendido no povoado Belém por quatro homens armados em um veículo modelo VW Gol preto, quando pilotava uma moto, no povoado Belém.

- A execução sumária se deu por volta das 8h. A vítima pilotava uma moto Yamaha preta [NXC-0218] quando foi cercado pelos atiradores em frente ao Comercial José Augusto. Galego, que era procurado pela Justiça - com recompensa de R$ 10 mil oferecida pelo Disque Denúncia para quem informasse seu paradeiro -, foi crivado de bala. Um dos tiros, inclusive, deixou seu rosto desfigurado - informou o delegado Valdenor Viegas, da 13ª Delegacia Regional de Presidente Dutra.

Também de acordo com o delegado, Galego estava armado com uma pistola calibre 9 mm, arma que foi levada pelos pistoleiros que o executaram. “Os atiradores, após praticarem o crime, desceram do automóvel, caminharam até o corpo e retiraram a pistola da cintura vítima. Só depois os criminosos retornaram ao veículo e fugiram do local, em disparada”, acrescentou Valdenor Viegas, que identificou Galego como principal suspeito na morte do ex-deputado.

Deputado - O ex-deputado estadual Edílson Peixoto da Silva, o Peixotinho, foi assassinado a tiros na manhã do dia 25 de julho, na cidade de Dom Pedro. Pai do vereador Farys Miguel Lopes da Silva (PCdoB), o ex-parlamentar conduzia um veículo Chevrolet Celta de cor vinho, com sua mulher ao lado, quando, ao chegar à Rua Manoel de Oliveira Gomes, próximo ao Farol da Educação, foi surpreendido por dois homens que estavam em uma motocicleta. O “garupa” foi quem efetuou os disparos que mataram o ex-parlamentar.

Na época do crime, o delegado Otávio Chaves Filho relatou que a dupla de pistoleiros estava em uma motocicleta modelo Honda Bros de cor preta; e que a vítima foi atingida por cerca de 10 tiros de pistola calibre 9 mm (mesmo modelo encontrado com Galego), arma de uso exclusivo da Polícia Federal e das Forças Armadas. O superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair Lima de Paiva, informou que Galego, que era acusado de outros homicídios, teria sido o autor dos tiros.

“Dez dias antes da morte do deputado Peixotinho, Galego já era apontado como autor do assassinato de Antônio Joaquim Monteiro da Silva, o Neto Cavanhaque, de 39 anos, que tinha sido preso em maio de 2011, sob acusação de integrar uma quadrilha de assaltantes de banco. O crime ocorreu no povoado Cruz, em Dom Pedro, e assim como a morte do ex-parlamentar, teve características de encomenda”, lembrou o chefe da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), que acompanha outros inquéritos sobre crimes de pistolagem contra políticos na região.

No dia 12 de julho, dois dias antes da morte de Neto Cavanhaque, a Polícia Civil de Dom Pedro já havia registrado o assassinato do ex-vereador Diogo Gomes de Freitas, de 54 anos, que foi morto por dois homens armados que estavam em uma moto, com três tiros. A vítima ainda teve uma das orelhas decepada, dando conotação de que foi um crime de encomenda, já que os matadores teriam que levar uma prova de que o parlamentar foi realmente morto. Em janeiro de 2012, outro morador de Dom Pedro, o ex-prefeito de São José dos Basílios, José Francisco Ferreira Sousa, o Chico Riograndense, de 69 anos, foi assassinado com quatro tiros na cabeça, no povoado Poção, distante 15 km da sede do município que administrava. Para a polícia, estes crimes estariam interligados.

Edilson Peixoto da Silva, o Peixotinho, elegeu-se suplente de deputado estadual no fim da década de 1990, tendo como base eleitoral a cidade de Dom Pedro, e chegou a assumir o cargo. Em dezembro de 2006, o ele foi preso após tirar contra o então vereador Alexandre Carvalho Costa, irmão do então prefeito Ribamar Costa. Livre por habeas corpus, voltou a ser preso, pelo mesmo crime, em 2010 e novamente conseguiu na Justiça o direito de responder ao processo em liberdade.

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