Trabalho Infantil

Crianças trabalham na manutenção de caminhões

Meninos ficam o dia inteiro no trabalho perigoso. Assista à reportagem da TV Mirante.

TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h19

CODÓ - Em Codó, na Região dos Cocais, crianças trabalham na manutenção de caminhões nas estradas. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, no município, admite que é difícil resolver o problema.

Meninos ficam o dia inteiro no trabalho perigoso. São situações como essa que fazem com que o Maranhão seja um dos Estados líderes no ranking do trabalho infantil.

Pesquisa divulgada pelo IBGE estima que cerca de 5,1 milhão de crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos trabalhem no Brasil. De acordo com os estudos, o Nordeste é a região com maior índice.

Na região leste do Maranhão, não é difícil encontrar flagrantes dessa realidade. Crianças que deveriam estar apenas na escola trabalham o dia inteiro. Em Codó, no Povoado Dezessete, às margens da BR-316, enfrentam essa realidade há pelo menos 10 anos.

O Conselho Tutelar do município tenta coibir, mas não encontra força na família. Por isso, antes ou depois da escola, as crianças continuam trabalhando na manutenção de caminhões. Um serviço perigoso, garantem os próprios caminhoneiros. “Eu acho perigoso. Já aconteceu de carreta quase matar menino aqui, pneu já explodiu”, diz José Maurício da Silva, motorista que trabalha no povoado.

O PETI, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, explica que não alcança toda a demanda. Pode atender a 900 crianças em Codó, mas tem pouco mais de 700 cadastradas.

No Povoado Dezessete, por exemplo, nunca existiu unidade do programa, o que, segundo a assessoria técnica, um problema que deve ser resolvido este ano. “Estamos pensando em trabalhar com o CRAS, CREAS, Conselho Tutelar e o Ministério Público para fazermos um trabalho de levantamento de trabalho infantil no município e abertura de um pólo no Povoado Dezessete, que é um foco do trabalho infantil no município”, garante Suely Sousa, assessora técnica do PETI.

Na tentativa de diminuir o problema, o município também se4 prepara para aumentar o número de beneficiários e a qualidade do atendimento do programa. Começou conscientizando, pelo menos, os que vão trabalhar diretamente com os novos monitores. O PETI ainda não retornou às atividades em Codó. É que vinte novos monitores tiveram que passar por uma capacitação de dois dias. A partir desta segunda-feira (30), a equipe entrará na fase de planejamento e só depois o programa será reiniciado, segundo a assessoria.

Assista à reportagem da TV Mirante e veja como o trabalho infantil ainda predomina no Estado.

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