CHAPADINHA - A noite de Natal foi de pânico no município de Chapadinha. Cinqüenta e nove presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) se rebelaram e quebraram os cadeados das celas e saíram para o corredor do presídio. Os policiais que foram chamados para conter a manifestação foram impedidos de entrar na carceragem, já que as lâmpadas foram arrancadas e o ambiente ficou às escuras.
De acordo com o delegado plantonista, Jairo Timbó, o motim aconteceu porque alguns presos queriam passar a noite de Natal nos corredores do pavilhão, mas o carcereiro não autorizou, gerando confusão. Eles reclamavam, também, da qualidade da comida. Os amotinados só foram rendidos e levados ao campo de futebol do CDP na manhã do dia de Natal, quando a guarnição, sob o comando do major Edvaldo Mesquita, conseguiu entrar no presídio.
Depois que a situação foi controlada no CDP, 10 presos acusados de serem os líderes da rebelião foram transferidos para São Luís, entre eles Nilsinho da Aparecida e Jorge da Mazé, considerados de alta periculosidade.
O delegado Jairo Timbó já começou a ouvir os envolvidos na rebelião, pois, além da exigência de passar o Natal no corredor da carceragem, os presos queixavam-se de que a comida que está sendo servida é de má qualidade. “Essa informação me foi passada, mas ainda estou averiguando. Hoje (ontem) é que iremos investigar todas as reclamações”, informou o delegado.
Tumulto
O feriado também foi agitado na zona rural de Chapadinha. No povoado Centro da Água Branca, durante uma festa de Natal, quatro pessoas ficaram feridas, duas a tiros e duas esfaqueadas.
O lavrador, Antônio José Cunha, que foi ferido com um golpe de faca, e Francisco Freitas Silva, baleado na boca, ainda permanecem internados no Hospital Estadual Antônio Pontes de Aguiar, mas não correm risco de morte.
Confusão e correria, também, na saída da cidade, no bar do Hilton, no povoado Baixão, durante uma festa, que aconteceu na noite de 25 de dezembro. Um grupo provocou uma briga e várias cadeiras foram arremessadas. Uma pessoa foi ferida na cabeça. A polícia foi acionada, mas somente o lavrador Francisco dos Santos, de 24 anos, foi preso.
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