Estupro

Menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio e engravidou tem gestação interrompida

Procedimento de retirada do feto foi finalizado por volta das 11h desta segunda-feira (17).

Imirante.com, com informações do G1

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Hospital onde a vítima buscou primeiro atendimento, em São Mateus, no Espírito Santo.
Hospital onde a vítima buscou primeiro atendimento, em São Mateus, no Espírito Santo. (Foto: Reprodução / TV Globo)

ESPÍRITO SANTO – A menina, de 10 anos de idade, que foi estuprada e acabou engravidando, no município de São Mateus, no Espírito Santo, passou por procedimento e interrompeu a gestação, nesta segunda-feira (17), em um hospital referência em Pernambuco. A menina estava internada desde na unidade desde ontem.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que o procedimento realizado na menina foi feito mediante autorização judicial do Espírito Santo. Ainda segundo a pasta, a unidade que atendeu a menina é referência no Estado nesse tipo de procedimento e de acolhimento às vítimas.

Ainda segundo a nota da Secretaria de Saúde de Pernambuco, todo os parâmetros legais estão sendo seguidos rigidamente.

O procedimento de retirada do feto foi finalizado por volta das 11h. Ainda segundo informações da Secretaria de Saúde de Pernambuco, o feto foi expulso, houve curetagem e a menina deve receber alta nesta noite ou na manhã de terça-feira (18).

Entenda o caso

No último dia 7 de agosto foi constatado que a menia estava grávida, após ela ter ido ao hospital, na cidade de São Mateus, se queixando de dores abdominais.

A menina relatou que começou a ser estuprada pelo próprio tio desde que tinha seis anos de idade e que não o denunciou pois sofria ameaças do agressor. O suspeito tem 33 anos e foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça, porém, está foragido.

A Promotoria da Infância e da Juventude de São Mateus decidiu investigar se grupos tentaram pressionar a avó da menina para que o aborto não fosse autorizado. O MP também vai analisar áudios de conversas de pessoas que pressionariam a família da criança a não interromper a gravidez.

Protesto

Manifestantes ligados a religiões e contrários ao procedimento realizaram um protesto no domingo (16), do lado de fora da unidade. Eles tentaram impedir que o diretor do hospital entrasse na unidade de saúde. Houve tumulto, com um grupo tentando invadir o local. A Polícia Militar foi acionada e fez isolamento da unidade de saúde.

Houve também um ato em apoio ao procedimento e defendendo o direito da criança com a presença de mulheres.

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