Educação financeira

Mesada: especialista explica qual o momento ideal para começar

Doutor em educação financeira afirma que, ao contrário do que muita gente pensa, a mesada não é um incentivo ao consumismo.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h19
O ideal é que metade do valor corresponda ao que criança gaste no mês e explicar que a outra metade será investido nos sonhos de curto prazo.
O ideal é que metade do valor corresponda ao que criança gaste no mês e explicar que a outra metade será investido nos sonhos de curto prazo. (Foto: Divulgação)

Dar ou não mesada? A partir de que idade? Como estabelecer o valor? Ao contrário do que muita gente pensa, a mesada não é um incentivo ao consumismo; na verdade, é uma importante ferramenta para educar financeiramente crianças e jovens. Aproveitando o período de volta às aulas, em que o consumo tende a fazer parte da rotina, é importante esclarecer dúvidas como essas.

O doutor em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, explica que a data de adoção de cada tipo de mesada depende do interesse e do entendimento que a criança está demonstrando ter em relação ao uso do dinheiro. Por volta dos sete ou oito anos é um bom momento, pois ela já possui vontades e sabe que para ter um produto ou serviço é necessário “trocá-lo” por dinheiro e possuem entendimento suficiente para começar a aprender a administrar esse recurso.

Esse assunto deve ser tratado de forma leve e lúdica, sem imposições ou ameaças, para não exigirmos mais das crianças do que elas estão assimilando. Cada criança e jovem tem um comportamento particular, portanto é importante lidar com seu filho da forma mais adequada.

Reinaldo Domingos ressalta, também, que o valor depende do que os pais observam ser o consumo rotineiro da criança, observando sempre se os seus hábitos são saudáveis e de que forma ela gasta o dinheiro que recebe. O período de volta às aulas é bastante indicado, já que a criança ou o jovem podem começar esse novo ciclo com novos hábitos, reconhecendo a importância de consumir com consciência e de poupar para os seus sonhos.

O ideal é que metade do valor corresponda ao que criança gaste no mês e explicar que a outra metade vocês irão investir nos sonhos de curto prazo (que será realizado em até um mês), médio prazo (em até seis meses) e longo prazo (até um ano), que ela mesma vai definir.

Além de oferecer noções de responsabilidade, a mesada também pode – e deve – ser associada a questões como sustentabilidade, meio ambiente, consumo consciente e outros temas que auxiliam na boa formação do indivíduo, auxiliando, assim, na formação de uma sociedade mais consciente financeiramente no futuro.

O presidente da Abefin explica que há oito tipos de mesada, diferentes formas de relacionar o dinheiro à realidade familiar de forma proveitosa para todos. São eles:

Mesada voluntária

Mesada financeira

Mesada de terceiros

Mesada econômica

Mesada empreendedora

Mesada ecológica

Mesada de troca

Mesada social

“No entanto, um ponto que ressalto sempre é que, antes de transmitir esse conhecimento aos filhos, que os pais/responsáveis prestem bastante atenção ao exemplo que dão no dia a dia. Os pequenos se espelham nas ações dos adultos e têm a tendência a repetir tanto as coisas boas quanto os erros. Por isso, a educação financeira é algo que tem que ser absorvida por toda a família, não importa a idade”, finaliza Reinaldo Domingos.

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