Saúde

Saiba o que é mito e o que é verdade sobre a febre amarela

Muitas informações enganosas estão sendo divulgadas sobre a doença, alerta ministério.

Imirante.com, com informações do Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h20
(Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde recomenda que a população não acredite em recomendações anônmas e fique atento às indicações de órgãos oficiais, já que muitas informações enganosas estão sendo divulgadas sobre a febre amarela e sobre a vacinação.

Saiba o que é verdade e o que é mito sobre a doença:

Macacos são transmissores da febre amarela: MITO

A transmissão de febre amarela se dá apenas por meio da picada de mosquito. Os macacos são, assim como os humanos, apenas hospedeiros do vírus e servem como indicador da presença da doença em uma região. Eles não devem, em hipótese alguma, ser mortos pela população. Caso um macaco morto ou doente seja encontrado, o cidadão deve informar ao serviço de saúde de sua cidade ou estado pelo telefone 136.

Somente o mosquito transmite a febre amarela: VERDADE

Apenas a picada dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus em áreas silvestres. Nas áreas urbanas, o Aedes aegypti (o mesmo que transmite dengue, zika e chikungunya) é o transmissor. Não existe contaminação entre humanos ou por meio de outro animal, como o macaco.

Preciso tomar a vacina de 10 em 10 anos: MITO

Desde 2017, o Ministério da Saúde segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e indica apenas uma dose da vacina, válida por toda a vida. Mesmo durante surtos, não é indicado se vacinar mais de uma vez contra a doença, já que isso não vai deixar a pessoa mais protegida.

A vacina de forma fracionada não funciona: MITO

A vacinação fracionada apresenta, de acordo com o Ministério da Saúde, a mesma eficácia que a dose única padrão. A proteção é de, pelo menos, oito anos. O fracionamento é recomendado pela OMS quando há aumento na morte de macacos e de casos da febre amarela silvestre e risco de expansão da doença em cidades com índice populacional alto.

Própolis e vitamina B espantam os mosquitos: MITO

Divulgada em aplicativos de mensagem, a informação de que tomar própolis afasta os mosquitos é falsa. Para evitar as picadas, o recomendado é utilizar roupas de manga longa e repelentes liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de instalar telas de proteção em portas e janelas. Também se certifique de que não há água parada em casa, possível criadouro dos mosquitos.

A vacina contra a febre amarela faz mal: MITO

A vacina é eficaz e segura. A vacinação não é indicada apenas para pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; crianças menores de seis meses; pessoas que vivem com HIV/Aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3); e pacientes de quimioterapia/radioterapia.

Grávidas e lactantes não devem se vacinar: VERDADE

A vacina não é indicada às gestantes, mas é preciso avaliar os riscos e benefícios junto ao serviço de saúde caso a mulher esteja em local com surtos, epidemias ou vá viajar para área com risco. Da mesma forma, mulheres que amamentam bebês maiores de 6 meses de idade podem ser vacinadas, dependendo do local onde estejam. Mães de bebês com menos de 6 meses devem evitar a vacinação.

Casos são todos de febre amarela silvestre: VERDADE

Não há registro de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. Moradores de áreas rurais ou mata, ou viajantes que pretendem visitar esses lugares, devem tomar a vacina.

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