Lava jato

Fachin retira sigilo de delações de João Santana e Mônica Moura

João Santana e Mônica Moura disseram ter recebido ao menos R$ 15 milhões como pagamentos não registrados do PT ao Planalto.

Felipe Pontes / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
Ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). (Divulgação)

BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo das delações premiadas do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, bem como de André Santana, auxiliar de ambos. Os acordos haviam sido homologados - tornados juridicamente válidos - no início de abril.

Os depoimentos dos três deram origem a 22 petições protocoladas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, junto ao STF. É possível que os documentos sejam solicitações para a abertura de novos inquéritos contra pessoas com foro privilegiado na Corte, embora possam também se referir a outros tipos de providências.

O teor dos depoimentos ainda não foi disponibilizado no sistema do STF, mas deve ser divulgado em breve.

No mesmo despacho em que retirou o sigilo, datado de ontem (10) e divulgado nesta quinta-feira (11), Fachin deferiu também o pedido para a abertura de contas judiciais, que em geral são utilizadas para a devolução de dinheiro obtido de forma ilícita, uma das condições que costumam acompanhar os acordos de colaboração.

João Santana e Mônica Moura foram os marqueteiros responsáveis pelas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 e 2014. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, no mês passado, ambos afirmaram terem sido pagos pelos serviços por meio de caixa dois. O dinheiro teve como origem a Odebrecht.

O casal disse ter recebido ao menos R$ 15 milhões entre 2010 e 2011 como pagamentos não registrados para a campanha do PT ao Planalto.

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