Religião

Apesar da chuva, milhares de fiéis homenageiam São Jorge no Rio de Janeiro

No Rio, o 23 de abril, dia do santo, um feriado municipal.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
No ano passado, 500 mil fiéis passaram pelo local no dia do santo.
No ano passado, 500 mil fiéis passaram pelo local no dia do santo. (Foto: Reprodução Internet)

RIO DE JANEIRO - Milhares de fiéis visitam esta manhã a Igreja de São Jorge, no centro do Rio de Janeiro, para prestar homenagens ao santo, apesar da chuva na cidade. Popular tanto entre católicos quanto entre umbandistas, São Jorge é um dos símbolos do sincretismo religioso no Brasil.

No Rio de Janeiro, a popularidade do santo é tamanha que, em 2001, a Câmara Municipal tornou o 23 de abril, dia do santo, um feriado municipal. Em 2008, foi a vez da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) tornar o feriado estadual.

Segundo o capelão da igreja, Padre Éfren Afonso, São Jorge é, junto com São Sebastião, o santo mais popular entre os cariocas. Segundo ele, o fato do santo, que na umbanda é conhecido como Ogum, atrair pessoas de outras religiões só reforça a união entre as pessoas. “A gente tem que entender que Deus é um só e vem para todos. E isso reforça a união entre nós porque haverá um só rebanho e um só pastor.”

Dona Maria José Araújo, de 90 anos, é católica e participa das celebrações a São Jorge há mais de 60 anos. Ela considera importante haver espaço para todas as religiões. “Meu marido, que era baiano, era da umbanda. E eu acompanhava ele [nos cultos]. Todo domingo eu vou à missa, mas quando tem um culto de umbanda, eu assisto”, disse.

Sônia Maria, de 67 anos, aproveitava um batuque em homenagem ao santo, em um bar na esquina próximo à igreja. “Eu sou católica e umbandista. São Jorge é o símbolo dessa união. É o santo guerreiro.”

Na Igreja Matriz de São Jorge, em Quintino, na zona norte do Rio, a movimentação deve ser ainda maior. No ano passado, 500 mil fiéis passaram pelo local no dia do santo.

Acredita-se que São Jorge tenha sido um soldado romano da guarda de Diocleciano que teria se recusado a perseguir cristãos no século IV e acabou sendo morto por causa disso. Sua vida é envolta em lendas, como a de que teria matado um dragão. Como ele teria vivido antes da separação das igrejas cristãs, é venerado não só na Igreja Católica, como também na Igreja Anglicana e na Igreja Ortodoxa.

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