BRASIL - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, mostrou-se confiante no controle da inflação nos próximos anos. Em entrevista à emissora GloboNews, nesta terça (25), ele garantiu que a meta central de 4,5% será atingida e mantida em 2017 com ajuda das reformas estruturais elaboradas pelo governo que estão em análise no Congresso Nacional. Goldfajn citou a proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos e a reforma da Previdência, em elaboração pelo Executivo.
“No ano passado a inflação foi de quase 11%. E este ano a inflação vai chegar a, talvez, menos de 7%. É uma queda de quatro pontos percentuais na inflação, de 11% pra 7%, em um ano. E, para o ano que vem, o objetivo é de 7% a 4,5%, uma queda adicional de dois pontos percentuais e meio. Então a desinflação está acontecendo”, avaliou Goldfajn.
Na entrevista, Goldfajn disse que a redução da inflação poderia ser mais rápida ainda se a economia brasileira fosse menos indexada - menos atrelada à variação de índices específicos para cada tipo de despesa. “Hoje, quando vemos a mensalidade escolar, ela sobe com a inflação. Nós temos cursos, aluguéis, salários, tudo sobe com a inflação passada. Então, uma vez que a inflação sobe no Brasil, para baixar é bem mais difícil.”
De acordo com o presidente do BC, a instituição vai fazer o necessário para controlar a inflação. Mas ele entende que a atuação do banco será “a favor da maré” caso as reformas de ajuste fiscal propostas pelo governo sejam aprovadas pelo Congresso Nacional.
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