Lava Jato

Presos em nova fase da Lava Jato são transferidos para Curitiba

Eles foram colocados em um ônibus, na companhia de sete agentes federais.

Vladimir Platonow/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h41
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

RIO DE JANEIRO - O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso na manhã de hoje (28), no Rio, foi transferido para Curitiba. Ele embarcou às 18h20, no Aeroporto Santos Dumont, em um voo de carreira, escoltado por agentes da Polícia Federal (PF). Também embarcou o empresário Flávio Barra, presidente da AG Energia, subsidiária da Andrade Gutierrez. Ambos foram presos na décima sexta fase da Operção Lava Jato.

Othon e Flávio embarcaram separadamente dos demais passageiros. Eles foram colocados em um ônibus da Empresa Brasileira de Intraestrutura Aeroportuária (Infraero), na companhia de sete agentes federais. Também foram embarcados malotes e cerca de 15 caixas de papelão apreendidos durante a operação.

Os dois presos não estavam algemados. O advogado do presidente licenciado da Eletronuclear, Helton Pinto, disse que não poderia se pronunciar sobre a prisão do cliente, pois ainda não tinha tido acesso aos autos do processo. "Não temos como nos pronunciar no momento, porque ainda não tivemos acesso aos autos. Como não temos conhecimento da acusação, não temos como nos pronunciar. Eu tenho que analisar o caso. Não li nada do processo ainda."

Othon foi preso em casa, no Rio de Janeiro, e depois levado para a sede regional da PF no Rio. Ele se afastou do cargo em 29 de abril, após ser citado na Lava Jato por suspeita de irregularidades em contratos para a construção de Angra 3.

Na ocasião em que foi citado nas investigações da Lava Jato, Othon Silva negou ter participado ou ter conhecimento de qualquer irregularidade. Em nota à época, ele afirmou que jamais recebeu propina e que vive de sua aposentadoria como vice-almirante da Marinha e de seus vencimentos como presidente da Eletronuclear.

Procurada pela Agência Brasil, a Eletronuclear informou que a Eletrobras é que deve se pronunciar sobre o caso.

A Agência Brasil ainda não conseguiu contato por telefone com a Eletrobras. A reportagem enviou e-mail à estatal e aguarda retorno.

Em nota divulgada na manhã desta terça-feira, a Andrade Gutierrez informou que está acompanhando a décima sexta fase da operação e destacou “que sempre esteve à disposição da Justiça”. Os advogados da empresa estão analisando a ação da PF para se pronunciar.

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