SÃO LUÍS – O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou queda de 1,1% no primeiro semestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na relação mensal – junho contra maio – o índice também caiu 1,4%, representando o primeiro declínio após três altas mensais consecutivas. Já na variação anual – junho de 2014 contra o mesmo mês de 2013 – o indicador apontou crescimento de 3%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, apesar de o indicador ter acumulado queda no primeiro semestre, dificilmente esta tendência se manterá durante o restante do ano. Inflação e juros elevados e enfraquecimento da economia e do mercado de trabalho deverão atuar no sentido de crescimento dos níveis de inadimplência do consumidor, conforme vem demonstrando as últimas variações mensais deste indicador (foram 7 elevações mensais em 9 meses, ou seja, desde outubro de 2013).
Na decomposição do indicador no primeiro semestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior, as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) a inadimplência com os bancos e os cheques sem fundos foram os responsáveis pela queda do índice no período, com variações negativas de 2,3% 0,4% e 10,1%, respectivamente. Já os títulos protestados tiveram alta de 16,7%.
Na comparação mensal – junho contra maio – os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pelo recuo do indicador, com variação negativa de 13,8% e contribuição negativa de 1 p.p. As dívidas não bancárias e os títulos protestados também caíram 0,6% e 19,7% e contribuíram de forma negativa com 0,3 p.p. e 0,3 p.p., respectivamente. Já a inadimplência com os bancos apresentou leve alta de 0,4% e contribuiu para que o indicador não caísse ainda mais em junho de 2014.
Cai o valor médio das dívidas com os bancos
O valor médio das dívidas com os bancos apresentou queda de 7,2% no primeiro semestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a inadimplência não bancária, os cheques sem fundos e os títulos protestados tiveram alta de 1,4%, 4,2% e 5,1%, respectivamente.
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