Suspensa a busca pelo corpo de Priscila Belfort

G1

- Atualizada em 27/03/2022 às 13h57

RIO DE JANEIRO - Nesta quarta-feira (8), foram interrompidas as escavações no sítio na estrada Ipiíba, Rio D'Ouro, distrito de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Os policiais procuravam os restos mortais de Priscila Belfort, mas não encontraram nenhum vestígio de que ela teria sido enterrada naquela área.

O delegado Anestor Magalhães, da 75ª DP (Rio do Ouro), que cuida do caso, disse que só vai retomar o trabalho se confirmadas as informações dadas por Elaine Paiva da Silva, 27 anos - que confessou o seqüestro e o assassinato de Priscila - de que houve um homicídio naquele local.

Magalhães vai tratar também da quebra de sigilo telefônico do celular que a suspeita usava à época do seqüestro. Segundo o depoimento de Elaine, tanto no Ministério Público quanto da delegacia, Elaine teria ligado para Priscila para marcar o encontro que resultou no seqüestro.

Cães farejadores

Uma equipe da Polícia Militar auxiliou nas buscas com cães farejadores. O delegado, que acreditava que Elaine Paiva estivesse dizendo a verdade porque sua confissão foi rica em detalhes, especialmente sobre o seqüestro e cativeiro, já não crê na hipótese do enterro no sítio. O delegado destacou, porém, o fato de os nomes dos integrantes da quadrilha apontados por Elaine conferirem com investigações da polícia.

Segundo o delegado, estão presos além de Elaine, Aílton da Silva Lopes, 42 anos, Silvana Luiza de Oliveira Lopes, 35, e seu filho, Hugo de Oliveira, 18.

A quadrilha, de acordo com Elaine, é formada por oito pessoas. O planejamento do seqüestro teria durado três meses e a execução acontecido a mando de uma pessoa identificada como Paulo, que conheceria a rotina da família Belfort. Ainda de acordo com Elaine, Priscila teria uma dívida de R$ 9 mil com Paulo relacionada a drogas.

Mulher confessou o crime

Na última segunda-feira, Elaine Paiva da Silva, de 27 anos, procurou o Ministério Público para confessar o seqüestro e o assassinato. Segundo ela, Priscila teria sido morta três meses e meio após o seqüestro por ter visto o rosto de alguns dos criminosos.

Elaine contou ter aceitado dinheiro para pagar uma dívida em troca do seqüestro da irmã do lutador Victor Belfort.

De acordo com a polícia, a própria Elaine teria efetuado os disparos que mataram Priscila porque o chefe da quadrilha estaria insatisfeito com a falta de negociação do seqüestro.

O delegado afirma que Elaine já prestou depoimento na Divisão Anti-Seqüestro (DAS).

Família Belfort vê confissão com reservas

Vitor Belfort vê com reserva a confissão de Elaine Paiva Silva, de 27 anos, que teria seqüestrado e matado sua irmã Priscila Belfort. Por meio de sua assessoria de imprensa, o lutador informa que só pretende se manifestar depois que o corpo for encontrado e reconhecido.

A preocupação da família não é sem motivos. “Temos que esperar para ver se isso é verdade primeiro. Outras pessoas já confessaram, em fevereiro deste ano e no final do ano passado, mas as informações eram falsas”, disse Fátima Amaral, assessora de Vitor.

Relembre o caso

Priscila desapareceu no dia 9 de janeiro de 2004. Ela foi vista pela última vez no Centro do Rio, próximo ao local onde trabalhava.

Durante esses três anos, as investigações chegaram a apontar outros suspeitos e até a realizar exame de DNA em um corpo encontrado carbonizado numa favela do Rio. Nesse período, no entanto, a família duvidava das especulações sobre seqüestro, alegando nunca ter recebido pedido de resgate.

De acordo com a família, no dia do desaparecimento, Priscila tinha apenas R$ 40 no bolso. O sigilo da conta bancária dela chegou a ser quebrado e se constatou que nenhuma movimentação foi feita após essa data.

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