Delegado da PF que vazou fotos segue sob investigação

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 14h14

SÃO PAULO - O delegado Edmilson Pereira Bruno, da Polícia Federal em São Paulo, responsável pelo vazamento das fotos do dinheiro apreendido com petistas para a compra de um dossiê contra tucanos, continua sob investigação da PF. A corporação instaurou o procedimento após o vazamento de um CD com 23 imagens das pilhas do dinheiro - R$ 1,75 milhão em dólares e reais.

As fotografias, tiradas pelo delegado durante perícia no Banco Central e na Caixa Econômica Federal, foram entregues por Bruno a quatro jornalistas no último dia 29 de setembro.

A PF instaurou um procedimento disciplinar administrativo para investigar se houve infração por parte do delegado Bruno. As sanções a que o delegado pode ser submetido são advertência, suspensão ou demissão.

A Polícia Federal também instaurou inquérito policial para investigar se Bruno cometeu crime. Nesse caso, ele poderia até mesmo ser preso, se a Justiça assim decidir.

Edmilson Pereira Bruno chegou a negar a autoria do vazamento, argumentando que as fotos teriam sido roubadas de seus arquivos na PF. Mas, no dia 30 de setembro, o delegado assumiu a culpa e, dias depois, entrou em licença médica, sob a alegação de estresse.

O superintendente da PF de São Paulo, Geraldo José de Araújo, disse no último dia 30 que o delegado Bruno não seria afastado de imediato, mas, ao término do processo administrativo, poderia perder o cargo.

Bruno, que tem 43 anos, comandou a operação no dia 15 de setembro que resultou na prisão dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos em um hotel da rede Íbis em São Paulo. Os dois foram flagrados com o dinheiro, que, segundo a PF, seria usado para comprar o dossiê.

Há dez anos na corporação, o delegado já atuou em quase todos os setores da PF. Atualmente, trabalha na Delegacia de Crimes Fazendários. Ele negou que tenha agido sob motivação partidária e afirmou que, em 2002, votou no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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