Índios querem discutir reajuste dos repasses da Companhia Vale do Rio Doce

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h14

BRASÍLAI - Índios da etnia xikrin que ocupam desde ontem (17) as instalações da Companhia Vale do Rio Doce (CPRV) em Carajás (PA) entregaram na noite de hoje (18) uma lista de reivindicações à empresa.

Eles querem ser recebidos na sexta-feira (20) para tratar do reajuste dos recursos repassados mensalmente pela companhia à comunidade indígena da região. Também pretendem discutir a construção de 60 casas para as comunidades Caeté e Djedjokô, além da reforma e manutenção de estradas de acesso às duas comunidades.

Na tarde de hoje, a Polícia Federal entregou aos líderes da comunidade xikrin o mandado de reintegração de posse concedido pela Justiça Federal, que determina a desocupação da área. Até o momento, os índios não deixaram o local.

“Antes de sair, eles querem que a companhia se comprometa a participar de uma reunião na sexta-feira”, disse por telefone Raulien Oliveira de Queiroz, administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) que acompanha a ocupação.

Segundo a Companhia Vale do Rio Doce, os índios recebem anualmente R$ 9 milhões, administrados por associações sediadas na área de atuação da empresa. Os recursos, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), são utilizados em obras de infra-estrutura e na promoção da subsistência das famílias.

A Vale é uma das maiores empresas de mineração e metais do mundo. Ela atua em 14 estados brasileiros e em cinco continentes. A produção diária da empresa em Carajás é de 250 mil toneladas de minério de ferro.

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