Viagem de vereadores do Rio para visitar Papa será investigada

Clarissa Thomé, Estadão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h52

RIO DE JANEIRO - A intenção de um grupo de vereadores do Rio de viajar a Roma para receber a bênção do Papa João Paulo II será investigada. O Ministério Público Estadual quer saber se a viagem terá caráter de missão oficial da Câmara dos Vereadores - com passagens e diárias em hotéis pagas pelo Legislativo - ou se cada vereador arcará com as despesas do próprio passeio.

A 2ª Promotoria de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital encaminhou ofício nesta sexta-feira ao presidente da Câmara, vereador Ivan Moreira (PFL), solicitando esclarecimentos sobre a iniciativa e uma cópia do processo de autorização da casa para a viagem dos parlamentares ao exterior. No ofício, a promotoria informa que, se confirmado o caráter oficial da viagem, "a conduta investigada poderá, em tese, caracterizar improbidade administrativa".

A viagem a Roma está prevista para ocorrer entre os dias 30 de janeiro e 4 de fevereiro, mas a audiência com o Papa ainda não está confirmada. O convite para os vereadores irem ao Vaticano partiu do padre Edvino Steckel, diretor da Rádio Catedral FM, emissora da Arquidiocese do Rio. Vinte e seis vereadores demonstraram interesse de se encontrarem com João Paulo II.

A assessoria da Câmara dos Vereadores disse que não sabia da viagem e negou que os vereadores fossem viajar com dinheiro público. A vereadora Andréa Gouvêa Vieira (PSDB) também confirmou essa versão. Ela afirmou ter sido convidada a integrar o grupo pela vereadora Rosa Fernandes, que lhe disse que cada um pagaria a sua parte. Andrea não viajará com o grupo.

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