Protesto

Moradores de Piquiá de Baixo finalizam manifestação

O ato garante mais uma conquista no processo de reassentamento.

Imirante/Imperatriz*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

AÇAILÂNDIA - Depois de 30 horas de protesto em frente às empresas Queiroz Galvão Siderurgia e Gusa Nordeste S/A, moradores de Piquiá de Baixo garantem maior participação financeira do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Maranhão (SIFEMA) no processo de reassentamento da população.

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Mais de cem moradores fecharam desde a manhã de ontem (6) os portões de duas das quatro empresas que há décadas continuam poluindo e violando os direitos do bairro de Piquiá de Baixo. Debaixo de sol e chuva forte, mulheres, homens, jovens, idosos e crianças mostraram resistência e indignação com a lentidão no processo de reassentamento rumo a uma terra livre da poluição.

 Moradores de Piquiá de Baixo finalizam manifestação. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)
Moradores de Piquiá de Baixo finalizam manifestação. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)

Eles impediram o acesso de carros e caminhões pelos principais portões das empresas, garantindo a passagem a pé dos funcionários, e paralisaram a BR 222 por vinte minutos, buscando a solidariedade da cidade de Açailândia e do estado do Maranhão.

Durante a manifestação, várias vezes, gerentes das empresas tentaram interferir na manifestação, mas os moradores sempre afirmaram com decisão que não deixariam a ocupação sem que suas reivindicações fossem atendidas. “Não vamos sair daqui sem uma resposta do SIFEMA que deve complementar a indenização do terreno desapropriado e sem uma posição da Prefeitura que deve aprovar o projeto urbanístico do novo bairro!”, afirmou Willian Nogueira, da Associação Comunitária dos Moradores de Piquiá de Baixo.

Acordos firmados

Em reunião, o SIFEMA garantiu o pagamento da complementação da indenização do terreno desapropriado para onde a população será reassentada. Com isso, as empresas siderúrgicas finalmente cumprem com o Termo de Compromisso de Conduta que tinham assinado e que podia ser cumprido desde dezembro de 2013, quando o dr. Ângelo Alencar dos Santos emitiu a sentença definitiva de desapropriação, determinando o valor final da indenização. As empresas têm até trinta dias para realizar o depósito do pagamento.

 O ato garante mais uma conquista no processo de reassentamento.. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)
O ato garante mais uma conquista no processo de reassentamento.. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)

Após o acordo que foi registrado e assinado em ata, os moradores retiraram as faixas, barracas, tendas, fogões e todo o material utilizado na manifestação.

(Com informações da Ascom)

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